sexta-feira, 21 de agosto de 2009

As armadilhas do texto

Ao escrever, é preciso observar certas construções que podem dificultar a compreensão. Um dos maiores inimigos da clareza textual é a ambigüidade, isto é, o emprego de palavras ou construções que podem ser entendidas de mais de uma maneira. Existe ambigüidade normalmente devido à pontuação inadequada ou ao emprego de palavras ou expressões de forma pouco clara, com mais de um sentido. Vejamos alguns casos.

Logo após o resultado das eleições de outubro de 2006, um jornal local publicou a seguinte manchete: “Lula recebe governadores eleitos em busca de apoio”. Nesse caso, a expressão “em busca de apoio” pode referir-se a “Lula” ou a “governadores eleitos”, o que dificulta a compreensão. O problema seria evitado se o redator escrevesse: Em busca de apoio, Lula recebe governadores eleitos.

O vestibular da UFRN, recentemente, pediu para que fosse desfeita a ambigüidade da frase “Conheci a irmã de Caetano, que mora em Natal”. Não se sabe, na frase, se quem mora em Natal é Caetano ou a irmã dele. Bastaria substituir o pronome relativo “que” por “o qual” ou “a qual”: Conheci a irmã de Caetano, a qual (irmã) mora em Natal ou Conheci a irmã de Caetano, o qual (Caetano) mora em Natal.

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